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Impaciência, irritação e euforia: Fla faz rubro-negros sofrerem em Maceió

Sem convencer, Rubro-Negro derrota o Murici por 3 a 0 e avança na Copa do Brasil

Por Eduardo Peixoto e Richard Souza Direto de Maceió, AL

Paixão de torcedor. Aí está algo difícil de explicar. Tudo vira exagero. Não importa se está certo ou errado, mas o árbitro sempre apita a favor do adversário. Se o craque do time erra um passe, é vaiado. Mas basta acertar o lançamento seguinte para voltar a ser o melhor do mundo. A noite de quarta-feira teve um pouco de tudo isso. No estádio Rei Pelé, em Maceió, o Flamengo derrotou o modesto e batalhador Murici por 3 a 0, na estreia na Copa do Brasil (assista ao vídeo ao lado). O placar classificou o Rubro-Negro à próxima fase, eliminou a partida de volta, mas não convenceu. O time de Vanderlei Luxemburgo carece de um padrão tático, apesar das oito vitórias em oito partidas oficiais na temporada.

O Flamengo não jogava em Maceió desde 2004. Na ocasião, empatou com o CRB por 4 a 4, também pela Copa do Brasil. A distância só faz a tensão aumentar. Os torcedores procuram aproveitar cada segundo perto da equipe. Foi assim desde a chegada da delegação a Maceió, na madrugada da última terça-feira. Acompanhado da esposa Deysilene e da filha Kayane, Gilvânio castigou o chapéu de couro para aliviar o nervosismo.

- Ladrão! Ladrão!

- Boooooooora, filho da mãe!

- Faz tempo que não vou ao cardiologista, mas estou passando bem. Em casa eu grito ainda mais. Aqui, estou com vergonha (risos). Sempre que posso tento ver o Flamengo, principalmente no Recife, que é mais perto (cerca de três horas de viagem).

A esposa confirmou e contou que muitas vezes fica assustada.

- Ele grita demais em casa. O homem fica louco.

Gilvânio com a mulher e a filha (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Gilvânio com a mulher e a filha. Alegria após a vitória (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

O empate sem gols no primeiro tempo mereceu vaias dos rubro-negros. Por outro lado, cerca de 1.500 torcedores do Murici vibraram muito com a resistência da equipe, que também buscou o gol e em alguns momentos levou perigo ao adversário.

- O Ronaldinho é o pior do Flamengo – reclamou o funcionário público Milton Alves.

Milton levou o filho João Vitor, de oito anos, pela primeira vez a um jogo do Fla. Por conta do excesso de paixão dele, o garoto levou um grande susto.

- Em 2009, no gol do hexa do Ronaldo Angelim, eu desmaiei. Ele achou que eu tivesse morrido – lembrou.

Vibração gol Ronaldinho (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Milton e João Vitor vibram como o gol de Ronaldinho
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Os gols de Ronaldinho Gaúcho, Renato e Negueba deixaram o ambiente mais leve no Rei Pelé. Era o que a torcida precisava, já que os erros de passe e a apatia do time irritaram muito na maior parte do jogo. No fim, euforia, festa e provocações ao adversário batido e ao próximo.

- Ih, Ih, Ih, vai para casa, Murici!

- Ô Botafogo, pode esperar. A sua hora vai chegar!

Na próxima fase da Copa do Brasil, o Flamengo vai enfrentar Fortaleza ou Fast-AM. Os amazonenses venceram o primeiro jogo por 2 a 0, em Manaus, e estão em vantagem. A segunda partida será no Ceará. No domingo, às 16h (de Brasília), o Rubro-Negro enfrenta o Botafogo, pela semifinal da Taça Guanabara, no Engenhão.